

TRAIÇÃO
DE
OMAR
Traição de Omar” faz correr lágrimas em Spínola”
Na véspera da partida da delegação portuguesa que ia iniciar em Dar-es-Salam as negociações com uma representação da Frelimo [ 15 de Agosto de 1975] recebeu-se em Lisboa a notícia, de fonte militar, de que uma companhia das Forças Armadas portuguesas havia sido “emboscada e aprisionada” por forças da Frelimo, em Omar, no Norte de Moçambique, junto à fronteira com a Tanzânia.Justamente indignado o Presidente Spínola exigiu que antes de dar inicio às negociações e como condição desse início a delegação da Frelimo apresentasse desculpas à delegação portuguesa, por essa traiçoeira atitude das suas forças.Assim fizemos. Mas com surpresa nossa, Samora Machel começou por pretender desconhecer do que estávamos a falar:– Emboscada de Omar?! Uma companhia aprisionada?!...Por fim fez-se luz no seu espírito:— O quê? Aquela “entrega” dos vossos soldados?E voltando-se para um qualquer assessor da sua delegação:— Traz a cassete...Cassete? Íamos de surpresa em surpresa. Mas a verdade é que a misteriosa cassete veio, foi por nós ouvida, e ouvi-la ficou a constituir uma das maiores humilhações por que terá passado a delegação de um país.O que nós ouvimos foi o registo sonoro de uma “entrega”, não apenas voluntária, mas insistentemente solicitada-Vocês quem são?(Veio a identificação.)- E querem entregar-se porquê?— Porque é hoje o dia! Porque vocês são os libertadores da nossa Pátria! Queremos entregar-vos as nossas armas!Não garanto a exactidão das palavras — cito de memória — mas asseguro o sentido delas.Seguiram-se os abraços, o “pega lá a minha arma, meu irmão”, etc., etc. É claro que não havia lugar a exigência de desculpas. Limitámo-nos a pedir uma cópia da cassete para em Lisboa documentarmos isso mesmo.Mal chegados; a primeira coisa que o Presidente Spínola quis saber de nós foi se a Frelimo tinha ou não apresentado desculpas.— Lamentamos informar que não era caso disso. Trazemos aqui uma cassete...— Uma cassete?!— É verdade! Uma cassete!Logo se pediu um leitor de cassetes. Mas pouco depois de ter começado a ouvi-la, o Presidente mandou abruptamente desligar a maquineta. Manifestamente perturbado. Não sei se invento dizendo que vi brilhar, por detrás do seu inseparável monóculo, uma lágrima de comoção. Ou de raiva? Se aquilo era para ele o que era para mim, inveterado paisano, o que não seria para o lendário cabo-de-guerra
Foi isto que aconteceu em OMAR, também denominada NAMATIL, junto ao RIO ROVUMA, quando o guerrilheiro da FRELIMO, SALVADOR MUTUMUKÉ, levou os 137 militares portugueses, chefiados pelo Alferes Miliciano Costa Monteiro, para a Tanzânia. Seis heróicos combatentes não se renderam. Foram eles: Sumail Aiupa, Mário Moiteiro, Joaquim Piedade, Vasco Ponda, Laquine Puanhera e José Gonçalves.
Qual é o teu combate, ó combatente?
Vem da Terra, do Céu, do Sol ardente,
Vem do teu coração, da tua mente?
Qual é o teu combate, ó combatente?
Não, não sou combatente por gosto próprio,
Combato pelos outros, por um ideal,
Sofro na própria carne o esforço inglório,
Combato por valores, sou racional.
Hoje sou combatente que o Povo aceita,
Amanhã quando o sol o transformar,
Serei o combatente que ele rejeita,
Mas forte e corajoso eu vou restar.
Sou pois um combatente de hoje como de ontem,
Sou um desconhecido, que morto ou vivo
É a memória da Pátria, muito para além
Do mesquinho interesse do mero arquivo.
D´armas na mão combato. Sou combatente
Quando a escrita, a palavra, sem solução
Gritam por mim bem alto. Num repente
Sou esse combatente, o da Nação.
À memória de todos os nossos bravos combatentes que tombaram na Guerra Colonial.
MUEDA - SAGAL - OMAR - NACATAR - MUTAMBA DOS MACONDES - DIACA - MITEDA - CHOMBA - ATIBO - NANGADE - NASSOMBE - MACOMIA - CRUZ ALTA - ÍMBUO e tantos outros locais inolvidáveis.
A CURVA DA MORTE - picada entre MUEDA e MOCÍMBOA DA PRAIA onde em Agosto de 1969, uma emboscada da FRELIMO causou 9 mortos e dezasseis feridos entre as forças portuguesas.
QUERER. PODER . SABER. Uma vez COMANDO serei COMANDO TODA A VIDA porque SER COMANDO É UMA FORMA DIFERENTE DE ESTAR NO MUNDO.
11 comentários:
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siempre habra personas que traicionen y la historia lo demuestra
kiss
Zeca estou a tua espera no DESAFIO :)
Beijinhos coloridos
Doutor Jivago felivitaciones por el post
si My Love felicitaciones por el texto
los traidores siempre estan
bueno el texto
buen texto
la historia y la traicion
que bien Zeca estan a tu espera...eheheheheh
Caro Camarada "Dr Jivago"
com um abraço COMANDO, te digo que me cairam lágrimas de raiva e dor quando li este teu artigo.Mas há muitos, muitos cobardes que em bicos dos pés cantam hoje de galo...
Aqui deixo para recordar:
Prece de um Pai
Dá-me um filho que seja bastante forte, para saber quanto é fraco, e corajoso, para se enfrentar a si mesmo quando tiver medo; um filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas humilde e manso na vitória.
Dá-me um filho cujo esterno não esteja onde deveria estar a espinha dorsal; um filho que ME conheça e saiba conhecer-se a si mesmo.
Guia-o eu TE suplico; não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a pressão e o orgulho das dificuldades e dos obstáculos. Que aprenda a manter-se erecto na tempestade e a ter compaixão dos malogrados.
Dá-me um filho de coração puro e objectivos elevados; um filho que saiba dominar-se, antes de procurar dominar os outros; um filho que aprenda a rir, mas que não desaprenda de chorar; um filho que tenha olhos para o futuro, mas que nunca se esqueça do passado.
E depois de lhe teres concedido todas estas coisas, dá-lhe, eu TE rogo, compreensão bastante para que seja um homem sério sem, contudo, se levar muito a sério. Dá-lhe humildade, SENHOR, para que possa ter sempre em mente a simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a pequenez da verdadeira força.
Então eu, seu pai, ousarei murmurar:
“NÃO VIVI EM VÃO”.
E vou colocar este texto no Passa-Palavra!
www.comandosdeportugal.net/jornal
ABRAÇO
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