Sem esperança, perdemos a força que nos move, o leme que nos guia, o horizonte que nos espera. Vejo muita gente perdida, carregada de ódio, esquecendo completamente que o ser humano não pode viver sem esperança.
Há dias, numa manifestação popular, perguntei a um amigo meu porque gritava tanto e qual o motivo de se sentir tão insatisfeito. Respondeu-me: «Porque já não espero nada». Não conformado, fiz-lhe a seguinte pergunta: «Já não tens esperança?» e ele respondeu-me: «Há muito que a perdi.»
Reparei que o meu amigo tinha mesmo perdido a esperança e que era necessário voltar a encontrar a sua missão, essa meta que justifica os nossos esforços e dá sentido à nossa vida.
No final do dia disse-lhe que todos nós temos uma missão e, no dia em que ele não o sinta assim será o princípio do seu desalento. Sentámo-nos à mesa de um café e eu contei-lhe a história de um homem bom que tinha um jerico obediente que transportava todos os dias duas grandes vasilhas pelos caminhos das Lameiras.
Uma vasilha tinha várias rachas, ao passo que a outra era perfeita e conservava toda a água até ao final do longo caminho entre as Lameiras e o Luso. O jerico transportava as vasilhas do rio até à casa do dono e a vasilha perfeita conservava toda a água, mas a vasilha rachada, quando era descarregada da albarda do jerico, só tinha metade da água.
Há dias, numa manifestação popular, perguntei a um amigo meu porque gritava tanto e qual o motivo de se sentir tão insatisfeito. Respondeu-me: «Porque já não espero nada». Não conformado, fiz-lhe a seguinte pergunta: «Já não tens esperança?» e ele respondeu-me: «Há muito que a perdi.»
Reparei que o meu amigo tinha mesmo perdido a esperança e que era necessário voltar a encontrar a sua missão, essa meta que justifica os nossos esforços e dá sentido à nossa vida.
No final do dia disse-lhe que todos nós temos uma missão e, no dia em que ele não o sinta assim será o princípio do seu desalento. Sentámo-nos à mesa de um café e eu contei-lhe a história de um homem bom que tinha um jerico obediente que transportava todos os dias duas grandes vasilhas pelos caminhos das Lameiras.
Uma vasilha tinha várias rachas, ao passo que a outra era perfeita e conservava toda a água até ao final do longo caminho entre as Lameiras e o Luso. O jerico transportava as vasilhas do rio até à casa do dono e a vasilha perfeita conservava toda a água, mas a vasilha rachada, quando era descarregada da albarda do jerico, só tinha metade da água.
Gabava-se a vasilha perfeita que era mais prestável que a vasilha rachada e esta, muito envergonhada, disse ao dono que se sentia angustiada por não poder cumprir a sua missão tão bem como a sua parceira.
O dono sorriu e disse-lhe:: «Amanhã quero que repares nas belíssimas flores que crescem à beira do caminho.»
Assim fez a vasilha. E, com efeito, viu muitíssimas flores formosas ao longo do caminho, mas de todos os modos sentia-se aflita porque no fim só restava dentro dela metade da água que devia levar.
Foi então que o seu dono lhe disse:«Reparaste que as flores só crescem do teu lado do caminho? Eu semeei muitas sementes de flores ao longo do caminho por onde tu passas e tu, sem reparares, todos os dias as regaste e durante muito tempo as apanhei para as colocar no altar de Deus e na campa dos que ainda me são queridos e já partiram. Se tu não fosses exactamente como és, com todos os teus defeitos, não teria sido possível criar esta beleza.»
O meu amigo acabou de beber o café, fitou-me olhos nos olhos, e disse-me:«Achas possível resolver o problema a contento de todos e eliminar de vez os maus cheiros?» Eu respondi-lhe:«Temos que ter esperança e essa é que nos vai motivar e ajudar a sair deste estado tão lamentável, que só serve para nos indicar novos caminhos que de outra forma não teríamos procurado.»
Encontrei há momentos o meu amigo. Vinha de calcorrear uma das belas calçadas que existem na vila. Sorridente, aproximou-se de mim e disse-me: «É impossível viver sem esperança!»
11 comentários:
Fico à espera...para já uma lição: às vezes nos desvalorizamos e não sabemos o quanto somos importantes para alguém...como somos complicados!!
beijo
Bem ia a dizer a mesma, fico à espera...mas na verdade todos temos uma missão e a da vasilha rachada poderia ser a de levar apenas aquela quantidade de água e nem mais...
mas, que bom que regressaste, sentiste que tinhas aqui uma missão é? eu acho que sim. Jinhos a ti...
Para além da lição anterior:
- todos somos bons em alguma coisa por muito que pensemos que não e fazemos sempre falta a alguém por muito que julguemos o contrário...
Existe uma outra que é a da esperança e realmente sem esperança começamos a ficar completamente desmotivados e depressivos. É na esperança que reside a nossa força...quando a perdemos apenas sobrevivemos.
Boa sorte para este recomeço
Às vezes neste tipo de histórias e analogias estão verdadeiras lições de vida, como é este caso.
Abraço.
Sandokan
que bueno que estas y tus letras siempre llegan al alma
es imposible vivir sin esperanzas amigo
un abrazo grande y mil besitos
querido amigo gusta mucho lo que escrbiste
kiss
Uma grande lição! Já sentia falta dos teus textos.
beijinhos
Querido Sandokan,
que as vasilhas que carregas em tua vida sejam sempre cheias de esperança e perseverança e que em teus olhos vertam lágrimas de felicidade.
É sempre bom ler-te:).
Um abraço.
A esperança é a mola da vida, Sandokan. Se a perdemos, perdemos também a capacidade de sonhar e traçar uma meta de vida. Por vezes acontece! E precisamos de uma palavra amiga, para que retornemos ao extenso caminho da vida. Cada um de nós muito representa para a vida exercendo um papel que muitas vezes não sabemos da importância.
Estou muito feliz com o seu retorno, amigo! Obrigada.
Beijos
abração pra todos
sandokan
sabes la cantidad de personas y amigos que te extrañan aqui
pues son muchas
ya que tu Sandokan y Zeca le dan vida a este blog
vamos adelante por todos esos amigos que siempre te estan buscando
kiss
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