quinta-feira, janeiro 04, 2007

A CORDA


O pedido de demissão do Senhor Abílio Simões Costa, mais conhecido por "Litos", acusou um desgaste de tal forma que esta choldraboldra acaba de provar que, afinal, nem todos são da corda, o que quer dizer que a corda às vezes estica e que se pode dançar na corda bamba.
A corda sensível dos ares serranos encontrou a oposição de quem não foi de andar à corda e que não deu à corda, porque não estava com a corda na garganta e não estava para aturar quem pensa que tem a corda toda e que gosta muito de mosquitos por cordas. Trata-se do facto de ter muita corda e poucas obras e, como é evidente, de não roer a corda.
Trabalho condicionado, disciplina de voto, demissões por telefone são a verdadeira corda-d´água actual. O que vale é que são só aguaceiros, mas nada como encomendar um cordão-de-são-francisco para usar nos escudos, porque o pranto e o luto perturba muita gente.
Ver "JORNAL DA MEALHADA" edição n.º 624, página 8, dia 3 de Janeiro de 2007.
Sejamos mais cordatos e desatemos a corda sem desvairamento para sermos menos despeitosos.
Façamos a nossa expolição quando discursarmos ao telefone. Larguemos de vez o nosso homizio, vamos dar a cara e dar à corda, porque, o que é preciso, é deslaçar a corda, porque temos o direito à liberdade de expressão e pensamento, porque devemos caminhar na vida com frontalidade, olhando a direito e não de revés, porque temos o direito a resistir e à indignação e, principalmente, porque temos o direito a ser como somos.Não somos obrigados a tornar o molho das Assembleias mais picantes e também não somos obrigados a aguçar o apetite irracional de quem come tudo quanto lhe põem à frente
Entendido?