quarta-feira, fevereiro 17, 2010

ACALANTO

Muito antes de eu nascer já acordavas com cuidados
Um anjo me designastes antes de minha mãe pegar-me.
Ele me dominava quando eu corria rumo ao despenhadeiro
Ou quando me declinava sobre o precicípio.
Me embalava com canções compostas aí,
Serestas e acalantos, com eles eu dormia
Para aplacar minhas investidas nos caminhos de cruz
De noite eu sentia cada passagem do Arcanjo
Sob minha rede armada no entrar do quarto,
E se ausentarem nas estradas altas do céu.
Após e tardiamente, uma mulher deitou-se do meu lado
Tinha uma forma de anjo fêmea,
E na minha vida, já se diminuíam os cuidados do tempo.

Se não for do puro atrevimento, manda-me o teu anjo
Para que cuide de minhas feridas expostas,
Para que resfrie a minha boca:
Há momentos em que mesmo a vontade não nos convence
É necessário que eu te veja inteiro, rente aos meus olhos
É preciso que eu me veja em ti
E que encare os sofrimentos como um sol claro
A tua luz subindo e descendo sobre minha vida.

Manda o teu anjo que com ele eu aprendi a falar
De coisas que por aqui, nas divagações de mim,
Não mais sei contar a ninguém
Nem mesmo a mulher que me acalanta
Nem mesmo o homem que soube ser meu pai.
Não és tu meu pai, que já flutua, que já é anjo
Meu pai verdadeiro, verdadeira saudade lá bem de dentro de mim.
Manda-me essas pessoas todas
Para fazerem um coro, para eu poder dormir.
________________________
naeno* comreservas

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

DIANTE DOS OUTROS

Ainda hoje tento ver-me, como um prematuro gesto, de depois poder enxergar o resto do mundo.E sinto dificudades nissto. A dedução mais atrevida a que até é a de sempre me esguio de me ver, não no espelho, porque à frente dele damos mais cuidado e observamos mais, nossos dentes, nossa barba, a roupa que vestimos.
À frente de mim verdadeiro, nunca me pus até porque mais pessoas me disseram ou sugeriram que o mais difícil reside em reconhecermos nossas fraquezas, nossos limites, se até a visão do espelho.
Já tentei retirar a trava do meu olho, e formei um tribunal, onde o réu era eu, e eu teria também, o poder de me condenar ou me absorver.
Preferi me absorver, absorver-me de minhas bondades, dos meus gestos lindos, da minha solidariedade, do reconhecimento de que admito a igualdade entre todos os seres, todos com os mesmos direitos. Mas tratei-me diferentemente do que quando faço com os outros. O meu ego e a vontade de ser menor ou maior, que alguns, não deixaram-me convencer, diante do promotor e dos dois advogados de acusação e defeza.
Não há concentração em mim por mim. Sei que muitos me olham, uns me vêem um puta ser humano, um dos corações mais abrazados pela dor de um irmão, mas também percebo a rejeição, a inveja, o tédio em viver no meio destes, que saio,às vezes correndo para a minha cama e lá derramo como quilos de feijão no seu depósito hermético.
Quanto aos amigos de longas datas, os novos, esses eu procuro manter, por que às vezes vejo neles uma estampa bela, quanto a mim, a tela, só olho o preço.

Um abraço fraterno
NAENO ROCHA

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

ÉS TU MORENA

és tu morena, flor açucena
o sol surgindo quando vem de clarear

a natureza, águas e matas
luar tão belo, uma onça a espiar.


és tu morena rio vertente
a cachoeira que a seca nã faz parar

és a colina, és a campinha
cheiro da terra quando a cuva vem molhar.


és tu morena o beijo eterno
desse namoro da rosa com o beijaflor
o sincopado do assum preto
pombo correio, mensageiro do amor.

não é só isso, bem mais tu és
és os acordes das canções dos imortais
na lira branca, no violão
dos passarinhos que cantam nesses quintais.

_________________
naenorocha*comreservasdedomínio

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

A traiçoeira Língua Portuguesa


Vocês sabem a diferença entre o tratamento por tu e por você? Vocês pensam que sabem, mas vejam abaixo um pequeno exemplo que ilustra bem a diferença:
O Director-Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante funcionário, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então, o Director-Geral do Banco, contratou um detective e ordenou-lhe:
- Siga o Dr. António Ferreira durante uma semana, à hora do almoço.

O detective, após cumprida a missão de que tinha sido incumbido, informa o Director-Geral:
- O Dr. António Ferreira sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director-Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective então pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- Sim, claro, não vejo nenhum problema! - respondeu o Director surpreendido com a pergunta do detective.
- Então vou repetir:
O Dr. António Ferreira sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao trabalho.

A língua portuguesa é mesmo fascinante!

Eheheheheh...

terça-feira, fevereiro 09, 2010


o BLOG lUSO: oS pRÓS e oS cONTRAS, se equivale para mimum dos mais importantes blogs que leio, e por graça de tanta sorte, fui convidado a postar como colaborador. Este feito me deixou cheio de vaidade em crescente rápido, quando fui conhecendo um a um dos que fazem este belo e necessário espaço.
Um campo democrático para onde tantos acorrem por que sabem legitimamente que são sempre benvindos. Descobri-o por acaso e por não me encantaria com apego e dedicação, também com as poesias do ZECA PALECA, do POETA CAVADOR, com os desabaços, em todos os sentidos do meu amigo SANDOKAN, pela pureza e beleza da postura de FREYJA, versando sempre sobre o amor, o chamamento, sob a forma para que outras pessoas tomassem consciência, como ela é convicta, de que o luso:os prós e os contras, antes de um blog que se abandona e se achega quando bem se quer, é uma prisão com grades de costelas, onde abusa de sentimentos nossos corações de toda terra. Luso: OS PRÓS E OS CONTRAS, acima de tudo é um espaço aberto no centro do mundo, uma vasta e linda campina medida e plantada por Deus. E o que esperamos é que muitos, já que todos tendem ao centro da terra, fossem como que sugados pela beleza, pela boca entreaberta de todos os seus membros, fundadores, representantes, colaboradores.
Existem mistérios neste blog mais que andorinhas demanhãzinha nas torres das igrejas imponentes de Portugal, do Brasil, do Chile de Roma.

Há mais beleza e proximidade deste blog com a paz que se fecunda por uma palavra, um gento, que os corpos nus lapidados em puro mármore, diante dos quais muitos param para tirar uma fotografia.
Aqui do Brasil, longe de quase todos os membros deste blog, saúdo o mundo e apresento a ele o nosso exemplo, se ainda não atingido ao meio, mas que pode ser uma saída a tomar como exemplo o mundo, mesmo que apenas Portugal, Brasil, Chile e mais uns poucos.
Julgo que se alguns palestinos ou e uns israelitas tivesses construído alguns blogs, no modelo do LUSO, em tempo rápido esses saltasvam as muralhas, passvam por debaixo dos tanques aterrorizadores, voavam por cima e por baixo dos mísseis dirigidos aos inocentes, e aos incoerentes, às mulheres trancadas e aos poderosos incautos.
Que a vida do luso: OS PRÓS E OS CONTRAS, não se redima, dado que nunca errou; que ele não fuja, posto que nunca insultou a ninguém e nunca tirou nada de ninguém, pelo contrário deu, que ele não suma, que haja sempre coro para a sua vida longa, afora.

Um beijo a todos do LUSO

NAENO ROCHA

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

SEMPRE TE AMEI

Basta que saibas que a ti somente
Que a ti somente, flor, adorei
Meus olhos dizem constantemente
Formosa, eu sempre, sempre te amei.
Do teu sorriso terno, divino
Cativo, humilde sempre serei
Por isso eu digo não me domino
Formosa eu sempre, sempre te amei.

Se um dia de amar na lira,
Os teus encantos, sequer deixei
Por isso eu digo não me domino
Formosa, eu sempre, sempre te amei.
De amarte-te em sonho, um só momento
Um só momento, sequer deixei
Por isso eu digo, sem fingimento
Formosa, eu sempre, sempre te amei.

Por toda parte, rindo ou chorando,
Chorando ou rindo, te seguirei.
Dizendo mesmo, de quando em quando
Formosa eu sempre, sempre te amei.
Pouco me importa se o mundo louco
Me chame e diga que eu sempe errei.
O mundo é velho, caduca um pouco
E eu sempre, sempre, sempre te amei
.
_____________________________
naeno* com reservas de domínio

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

para FREYJA uma amiga, uma flor na minha distância

TEM JEITO

Prevalece, porque não será, a desordem
Como deixaram a casa
Quando racharam as paredes
E pendulou o teto.
E algumas coisas precisam
Com o esforço de outras coisas
Ficarem de pé.
Na posição de partida
Na porta da saída
Porque ameaça o temporal maior.
Eram dois prenunciados
Um fez o que fez
Com a faltosa ajuda das pessoas.
Ficará por que não passou a miséria
Esperando o fotógrafo
Para que se registre o dia
O claro que podia ser
Direcionado todo para os meus olhos.
O perdemos no temporal escabroso
Rachada pela caliça
Alaga a casa e os livros.
E permanece o dia mostrando
Que é vulnerável a vida


E é muito frágil o mito
Que deus não Dorme
Mas necessita olhar pros outros lados.
- Com a inconsciência dos homens. -
A vida vence e lança no chão do mundo
O perdedor.
Está pingando no chão dessas criaturas
E eu, como não aprendi
Porque ninguém me ensinou nada
Que se pensasse
Ensinaram-me o que falasse
O que escrevesse
O que imitasse
Mas não me disseram nada do mistério.
E eles agora são tão visíveis
E sentidos a todo o momento
No que agora fico sabendo
Pensamento.

___________________________
naeno* com reservas de domínio

terça-feira, fevereiro 02, 2010

SEI QUE NEM DO NADA SEI

Quando sabemos muito, já o suficiente para impressionar alguém, temos de ter piedade desta rizonha Hiena, ela nem sabe se sorrir ou chora.
Quando nos encantamos com a quantidade de informações e truques que acumulamos ao longo da vida e nos satisfazemos nem nos incomodamos, ao contrários julgamos propício e mereceder dos elogios de alguém por perto, aí, nos encontramos parados, retorcidos como arame segurando uma porteira velha que não dá conta de quem e quantos passaram por alí. Quando realizados procriadores de informações que julgamos interesantes, e que aos ouvidos de outros fazem com que seus olhos se abram admirados, estamos fincados como marco entre o que não sabemos e o que jamis tomaremos conhecimento.
Quem sabe de tudo, tem conhecimento só daquilo que foi possível entender em partes, uma coisa, de uma coisa, de uma coisa de outra coisa estranhíssima.
Quem não se julga sabedor de muito, mas com convicção, talvez como Sócrates, se prever diante de todos, de monte de coisas e idéias que não param de surgirem e de um fundo verdadeiro, de cima abaixo dos seus pensamentos e de seus olhos e sua insignificância.

Sandokan,

Beijos do Brasil, do Piauí,
de mim, teu irmão

Naeno
BRECHANDO DRUMOND

Viver dói
Certo, como as palavras aproveitadas.
E essa dor está em tudo vivido
Em tudo que fora sonhado, perdido.
Partido do que não podemos fazer, usufruir
E sonhar desenfreado, isolado sem o sonho.
E por amor sofremos tanto e mais!
E o que todos sempre desejam
Era que a vida não nos provocasse sofrimentos.
Que bom seria apenas rendermos graças
Por essa pessoa que a gente ama
Sempre perto de nós
Nos proporcionando um sentimento grande
Em beleza, com a expectativa
Que o próprio amor presume
A companhia boa por um tempo
Mesmo insuficiente, mas que pode
Ser até eternamente, um tempo feliz.

Porque a vida dói?
Porque não contamos
As partes boas que tiramos dela
Pelos sonhos voluntários que
Projetam-nos ao impossível
Ao que não faz parte dela.
E ele em não podendo, nos nega.
Por todos os sortilégios, campos floridos
Cidades idas, a vida dos outros.
Que gostaríamos de termos passado,
Nós e o nosso amor. E por motivos, que costumamos
Chamar azar, não tivemos a oportunidade
De fazê-lo.
Pelo material abundante na mão de muitos
Que desejamos, fosse nosso
E não tivemos por uma contensão institiva
O prazer de procurarmos.
Pelos filhos que projetamos de nós
E que são outros, na mesma vida
E agimos como se nem os tivéssemos.
Ou pelos que de fato não tivemos,
E da mesma forma projetamos dentro de nós.
Pelos beijos negados
Porque vivemos muito, de parecer sem fim
O calvário.

Viver dói
Porque temos um trabalho que nos exige muito
Por todas as obrigações com a família
Tirando-nos o tempo livre
Que poderíamos usufruir com nos mesmos
Indo ao bar, marcar encontros com os amigos
Amar, demorar deitado, banhar sem pressa
Ir às encostas floridas sentir o cheiro
Dos lírios silvestres,
Ouvir os pássaros cantando com disposição
Nas copas das árvores.
A vida dói
Não porque fomos mal gerados,
Ou tivemos problemas com o nosso nascimento
Não por que nossos pais não foram
Pacientes conosco em nossa meninice
E ainda hoje se mostram duros e alheios
Ao que fazemos ou deixamos de fazer.
E quando vivemos as nossas mais doidas angústias
Nem sempre contamos com um amigo
Que saiba lidar com a gente
No jeito que aquele momento nosso
E doloroso exige e parecem não nos compreender

A vida dói
Não por que confiscaram
Parte de nosso salário, que já considerávamos injusto
Mas pelos tempos de vôos que
Que nos permitimos todos os dias.
Pela dedução errada de que nossa vida
É um quinhão passado para o nosso nome
Que a ninguém interessa
Que ninguém bota preço.

A vida dói,
Porque da mesma forma
Como nos dispomos a negociar a nossa
Outros nos oferecem as suas
E em nenhuma vemos graça.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

SEI QUE NADA SEI!


Afinal, o que é que eu sei?
Naquela época – quando o tempo contava - eu imaginava que um dia saberia viver e que tudo se tornaria mais fácil, menos doloroso. Nunca nada ficou mais fácil, pelo contrário, sempre ficou mais difícil e, confesso, algumas vezes mais complicado, quem sabe até mais angustiante.
Achei que já sabia tudo sobre o perdão. Descobri que não era verdade quando recebi um e-mail de uma pessoa que nunca vi nesta vida, pedindo-me perdão por não ter escutado a voz do Universo.

Achei que sabia tudo sobre o trabalho. Não, não sabia; quando um senhor todo molhado por estar ao meu lado trabalhando à chuva, ficou com os olhos marejados de lágrimas ao saber que naquela tarde ele iria receber um bom aumento no seu salário mensal.
Achei que sabia tudo sobre o amor de mãe. Aprendi que a mãe não tem olfacto quando se trata de cuidar de um filho ensanguentado há mais de 12 horas. O cheiro do sangue não existe para ela.
Achei que sabia tudo sobre os meus amigos. Claro que não sabia que o verdadeiro amigo não te abandona quando o teu dinheiro e a tua posição social se vão embora. O verdadeiro amigo é aquele que divide contigo as lágrimas da decepção de uma traição e de uma calúnia.
Achei que sabia tudo sobre empresas. Claro que aprendo a cada dia que o verdadeiro companheiro de trabalho é aquele que tem cérebro e não pés e mãos. É aquele que diz não senhor, não deve ser assim porque desta maneira vamos errar.

Achei que sabia tudo sobre a lealdade. Não, nada sabia, pois a lealdade não se expressa em palavras mas sim em atitudes.
Achei que sabia tudo sobre os filhos. Aprendo a cada dia que eles são iguais a nós quando criticávamos os nossos pais. Os tempos mudam, mas as verdades só se expressam de outra forma.

Achei que sabia tudo de valores, de bens materiais e de coisas que podemos ver, pegar e admirar. Estava terrivelmente equivocado. As melhores coisas da vida não têm formas. Não se pegam, não se vêem. Sentem-se e invariavelmente manifestam-se por arrepios...
Achei que sabia tudo sobre religião. Não, não sabia! A minha não é a única certa. A verdadeira religião é aquela que o nosso coração clama: Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.
Achei que sabia tudo sobre mim. Aqui cometi um dos meus maiores equívocos. Descobri que aquilo que as pessoas acham que é egoísmo na realidade é amor próprio.
Achei que sabia tudo sobre o amor. Não, não sabia! Aprendi bem tarde o que realmente significa amar. Dar sem cobrar. Oferecer sem pedir.

Achei que sabia tudo de tudo. Na realidade descobri que só sei o que não devo fazer. Aprendo a cada dia o que preciso e devo executar. Na realidade SEI QUE NADA SEI.

E tu achas que já sabes tudo?

Sei que nos veremos um dia.
ADIANTE


Solitário, meu modo, no meio das multidões de faroleiros, afasta-me, andando para qualquer canto que ali marcava o limite entre o que ainda ouço e o que não mais posso ver, um lugar ermo, uma parte da terra coberta de gramíneas novas, meu sonho e meu sonhar de qualquer dia. Daí a avista ela por vezes incontáveis. Ela estranha ao povaréu, fora como todos, largada à parte pelo mutirão. Estava de pé recostada a um tronco morto, e olhava-me. Era de uma beleza incomum, de olhos negros e um cabelo solto, fino, puro negrume, o que facilitava a minha visão assentar-se sobre o brilho, ponto feito pelo sol. Eu era um animal de raça, que a mirava intensas vezes, como se figurasse uma bela mais perigosa efígie da beleza, quente e alentada, mas, ao mesmo tempo, sublime e intensamente mulher. Olhava-a como se a mim ela tivesse dado algum sinal, comunicado algo de seu fulgor e de sua alegria. Já a reconhecera, já a olhava por toda a minha vida. Vi naquilo um sinal do meu destino.
Naeno. com reservas