quarta-feira, fevereiro 28, 2007
BOM JOGO PARA FIM DE TARDE
OLÁ AMIGOS.... ÓTIMO JOGO PARA JOGAR NO FIM DE TARDE
COM AS SECRETÁRIAS DO MEU ESCRITÓRIO HAHAHAHA!!!
terça-feira, fevereiro 27, 2007
O mar acolhe o rio.
O rio filho de amor por ele é abraçado.
O mar, o rio.
Ninguém mais identifica
Pelo sangue
Pelas palvras, mergulho
De cá pra lá. De lá.
Um gesto apoteótico no mundo
Um filho, um pai.
Risonhos cambalhoteiam sobres os outros.
Tantos gestos azuisReis e reinados
Reis das diluídas sombras, fluem.
Coroas, cororas, flores e florestas.
Seu nome é lentidão _
Seu nome escorre _
E quieta o mar - O rio fundo.
A tela do céu e azul.
Azuis de azuis.
Verdes mudando o branco
O vento arqueja
Soprando acima e abaixo,
Pensamento, tempo, passando...
Animnais e restos, arfam rosas brancas.
Santos que olham
Contempam o sol morrer.
Santos e Santos
Deixam o mar escurecer.
CARNAVAL 2007
VOCÊ É O MÁXIMO
Eu conheci a casa de um desafortunado
Nela vivi quase toda minha vida,
Apanhei gravetos para os invernados,
Puxei gavetas e guardei retratos,
Um arquivo morto de mim retirado.
Eu andei por dentro da casa cumeada
Tropecei pelos atalhos, cadafalsos,
Troquei uma vida, que me dera, inventada
Por uma que eu vi de perto, andando enfalço
Fui o primeiro desordeiro do motim,
Não tive nunca uma gota de raiva, e foi assim,
Andando dentro e fora dos pântanos sem fim,
Que o que sou graças à sorte fora de mim.
A imaculada virgem pia, mãe Conceição,
O meu amparo, pra quem eu viro os olhos,
A minha amada o tempo todo cortando a rota,
Dos desamados, não me buscou, largou-me à mão.
Eu fui até o cultivo dos desgarrados,
E vi a festa da colheita das formigas,
E disso eu disse, com o coração e alma aflitas,
Eu não descanso, mesmo quando estou sentado.
E da lavoura que cupimzal tragava,
Umas espigas de milho bem debulhadas,
Pus o sabugo como mastro da bravata,
E lutei só, com Conceição, nela amparado.
Olha-me Deus, no que escrevi,
Eu relatei a minha vida e Vos traí,
Era um segredo até o dia por vir,
Até cansar, e cansado, aqui cair.
Diferença entre você e tu!!
VOCêS PENSAM QUE SABEM, MAS VEJAM ABAIXO. UM PEQUENO EXEMPLO, QUE ILUSTRA BEM A DIFERENçA:
O DIRECTOR GERAL DE UM BANCO, ESTAVA PREOCUPADO COM UM JOVEM E BRILHANTE DIRECTOR, QUE DEPOIS DE TER TRABALHADO DURANTE ALGUM TEMPO COM ELE, SEM PARAR NEM PARA ALMOçAR, COMEçOU A AUSENTAR-SE AO MEIO-DIA.
ENTãO O DIRECTOR GERAL DO BANCO, CHAMOU UM DETECTIVE E DISSE-LHE:
- SIGA O DIRECTOR LOPES DURANTE UMA SEMANA, DURANTE A HORA DO ALMOçO. O DETECTIVE, APóS CUMPRIR O QUE LHE HAVIA SIDO PEDIDO, VOLTOU E INFORMOU:
- O DIRECTOR LOPES SAI NORMALMENTE AO MEIO-DIA, PEGA NO SEU CARRO, VAI A SUA CASA ALMOçAR, FAZ AMOR COM A SUA MULHER, FUMA UM DOS SEUS EXCELENTES CUBANOS E REGRESSA AO TRABALHO.
RESPONDE O DIRECTOR GERAL:
- AH, BOM, ANTES ASSIM. NãO Há NADA DE MAL NISSO.
O DETECTIVE PERGUNTA-LHE:
- DESCULPE. POSSO TRATá-LO POR TU?
- "SIM, CLARO" RESPONDEU O DIRECTOR SURPREENDIDO!
- ENTãO VOU REPETIR:
O DIRECTOR LOPES SAI NORMALMENTE AO MEIO-DIA, PEGA NO TEU CARRO, VAI A TUA CASA ALMOçAR, FAZ AMOR COM A TUA MULHER, FUMA UM DOS TEUS EXCELENTES CUBANOS E REGRESSA AO TRABALHO.
A LíNGUA PORTUGUESA é MESMO FASCINANTE!
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
SEMPRE NA FRENTE
REALIZE OS SEUS SONHOS
OLÁ AMIGOS ESTOU DE VOLTA !!!!
Eu canso de ver urubus brancos
Pontilhando as caliças,
Como anjos que descem em bandos
A serem iguais ao diabo que atiçam.
Quando ameaçam as nuvem fechadas
Por uma porta que se abre inteira,
Eles se ouriçam, ruflam suas asas,
Pula o demônio no meio do terreiro.
E se dá o embate de olhos disparos,
De poder e glórias, os tantos animais
Os anjos pulam puxando a carcaça,
do que ao inferno ia, santos a salvam.
Porque urubus não serviria a anjo,
Se protegem mais, são mais disfarçados,
Eles, de branco, ficam não se tomam de espanto,
Com o flole soprando fogo pelo diabo.
Eu já vi anjos vestidos de preto
Saindo das missas, chegando no enterro,
Dessas cândidas almas me protejo
Deixaram o inferno, antes e derradeiros.
Já vi urubus na cor própria, pretos,
Malhando o teto de terra e azul
Anjos cobertos por mantos de anjos,
Guardando a vida com seus olhos nus.
domingo, fevereiro 25, 2007
A casa não é mais dos donos daqui,
Não é mais o sobrado imponente,
Não tem mais a cor confusa,
Entre azul e verde azulada.
Tornou-se uma casa comum, entre outras.
E o que parecia de exagerado tamanho,
Ver-se hoje diminutas partes
De uma casa de pequeno tamanho.
O alpendre pende pro lado do sol da tarde,
E por pender e se expor por todo esse tempo,
A sua textura ninguém se atreve mais dizer a cor que tinha.
Destoava da outra tinta, era mais clara
E o sol marcava-lhe na altura do seu caimento.
Os donos daqui eram os donos da casa,
Que de longe se via, quem vinha na estrada,
Aberta para frente, onde pendia o alpendre.
E por onde andam os donos casa,
Coronel Fabrício, onde andará.
É fato, eu sei que ele morreu,
Mas morreu por que, se tudo ele podia,
Podia tapar o sol, se meter na casa inteira,
A ninguém saber que lá tinha gente,
Ouvia-se a voz, grossa, de tenor em êxtase,
Com a diferença sublime, do seu grito de fome,
De raiva, de preguiça, de sono, de acordar.
Mas não era ruim, o dono da casa,
Malvados eram seus filhos, arrogantes,
Estudantes da capital, sem doutorado.
Nunca passaram de passistas, beberrões,
Farristas, mulherengos, irritadiços.
Ficaram com nada. A casa a sesmaria,
São de ninguém, são de muita gente,
Que foram logrando, ficando, entijolando,
A possuírem as cercas, entrarem nos currais,
Improvisarem uma cidade, lugar que leva o nome,
Por gratidão à omissão, do Coronel,
De do céu nunca haver vindo cobrar, reclamar sua posse,
A batizaram nem cidade, nem lugar: Coronel Fabrício.
Mas o casarão azul, que hoje se ver pequeno e baixo,
Continua sem cor, sem morador, sem nada.
PAZ Y AMOR PARA TODOS
sábado, fevereiro 24, 2007
Beira de cais naquela tarde
Teu rastro infindo na estrada
Eu estava tão sozinho
Mesmo antes de acontecer
O tão triste, até um dia!
Coisa que eu nunca gostei.
Lembra que tudo era saudade,
Lembra que tudo era poeira,
Eu estava com o teu cheiro
E abraçado ao desespero
E tentava tantas vezes,
Me esconder pra me ausentar.
Quando o inverno chegava,
E o verão terminava,
Não te deixei sozinha.
E quando a vida arruinava,
Eu chorava dobrado,
Por você e por mim.
Quando a bandinha passava,
Você segurava,
Com fé, minha mão.
Ah, eu duvido que alguém
Tenha feito até hoje,
Tal ingratidão.
Da renitente posição estratégica
Do homem mergulhado em tricheiras,
A levantar-se com os olhos e ver todo o se derredor,
Apontado o arpão disimador,
Recolhendo com gancho
Os pratos vazios, lambidos,
Lançando ao chão, sobre qualquer passante,
Chamos ensurdecedoras, que queimam cinzas,
Erguendo a ira com guindastes pesados,
Esquecendo as visões que tiveram do espelho
No último barbear que fizeram.
Dos contra-apelos de paz ouvidos,
Como choro insistente de criança faminta
Dos lamentos dos viúvos
Que não dormem, sós.
Do abate em série dos homens
Confundidos com formigas,
Dos seguiosos dentes de vampiros sedentos,
Da ignorância estampada nos olhos dos protagonistas
Da comércio de cacos de espelhos
E de pentes sem dentes,
Da desistência dos que,
Desnecessário, vêem qualquer comida,
Tão repulsão da alma em permanecer por aqui.
Da trêmula, medrosa, bandeira de paz,
Que já faltam mãos que a agarre,
Da resolução de Deus, largar,
Sem comoção a postura burra e dura dos carnívoros,
Do vazio que já se anuncia perto,
Tetos que não guardam ninguém,
Braços de caniços,
Incapazes de irem à boca,
De cogitarem um abraço ao vento.
Talvez surgirá a paz
O sonhado território isolado,
A improvável situação que ninguém busca.
Talvez surgirá um mumdo calmo,
No qual não se ouvirão passos,
Vozes não se identificarão.
E só ela reinará, absoluta,
Como se ela fosse a astuta,
E ambiciosa, que só sabe viver só.
Naeno
www.poemusicas.blogspot.com
O PODER PESSOAL
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
DANÇA
Dançar não é um movimento
De percussão ao vento,
Como um instrumento musical.
É a entrega, por um momento,
Uma concentração,
De extrema beleza natural.
No chão, a levitarmos nos seguramos,
E assim permaneceríamos a ficar,
A dança, não o ruflar de sombreiras,
Entrega, desejo, força de estar.
Estar entre o céu e a terra,
Mas para ao céu menos ao chão,
Um novo tempo alcançado,
Onde exerce o mesmo amor,
O mesmo intento a mesma paixão.
Onde a alma dessa experiência boa,
Ela conte e não o olhar, a boca,
Sem descaracterizar o bem do amor,
Nem falar nada, que seja à toa.
A dança é como um amor fugaz,
O que falta, o que sobra,
Sair entrar, e repetir, cansar,
Isso na dança também se faz
É necessário que se lembre de tudo
A todo tempo tudo seja lembrado,
O levante das mãos, o último abraço,
O primeiro sorriso aberto no mundo.
É preciso de nada se esquecer,
Da casa fechada quando é pra sair,
Das portas abertas quando é para entrar,
Da rosa pesada que entortou o galho,
Olhar se o esteio não a deixou cair.
É imperioso a todo o momento estar atento
Não só aos perigos que vazam dos jornais,
Não às reticências que alguém tem
À tua pessoa e a outras,
Não aos espinhos que protegem flores,
È estar atento ao amor deserto,
O que necessitas, a lágrima certa,
Aos necessitados também do teu amor,
Do amor que ferve, e do que se aquieta,
No fundo acomodado. Os necessitados,
Os fugitivos de seus amores,
Perseguidos ainda, e ainda sentem dores,
Dos malefícios de outrem
O infortúnio da diferença,
Que há olhos que vêem.
É preciso estar atendo aos teus,
Que ele não se tornem olhos de cachorros,
Que vêem preto e branco apenas,
Não previram uma aquarela,
Se sim, assim, eram mais singelos.
È necessário estar atento ao tempo,
Que pra tudo há tempo, amor e lugar,
Pra se fazer o bem, descomprometido e franco,
É preciso andar a uma distância dos barrancos,
Reparar nos flancos, se já é tempo já,
De repor o mundo, a dor, de procriar,
De estreitar-se a cama com um só cobertor,
Esses cuidados todos que Deus nos delegou.
Se fores estéril, que não seja de amor,
Pois não fará falta um filho, do que muito restou,
Poderão ser teus outros estéreis de pais,
É preciso estar atento, o tempo é de paz.
ENTRADAS DE LUSO
Conforme o prometido, a Junta de Freguesia de Luso irá colocar 3 tótemes, nas entradas da nossa Vila, saudando todos os visitantes. Esperamos que gostem!
Águas de enxurradas do amor, quem se arrisca, A segurar garranchos e se assentar em lodo,
Rio sem futuro, que depois da chuva, a vista,
Não terá mais rumo, o que ver de novo.
Bate o vento trazendo a chuva que tudo traz,
Uma esperança, o amor, lembrança de se agarrar,
Uma vontade espessa, algo que nos faz,
Pensar eterno, desejar os restos que se assentarem.
Águas corredias, de sentido contrário,
O amor nos conduzindo pra de novo se largar,
E retomar o leito revertendo, o horário,
Quando mergulhamos loucos por lhe abraçar.
Uma cuspideira, sujeira do mar,
O amor assim quase sempre nos traz,
Já perdido o fôlego, a visão, o ar,
Dá-nos sua boca como um salva vida, só isso faz.
HAGAMOS UN TRATO
HAGAMOS UN TRATO...
(Mario Benedetti)
Cuando sientas tu herida sangrar
cuando sientas tu voz sollozar
cuenta conmigo
Compañera
usted sabe
que puede contar
conmigo
no hasta dos
o hasta diez
sino contar
conmigo
si alguna vez
advierte
que la miro a los ojos
y una veta de amor
reconoce en los míos
no alerte sus fusiles
ni piense qué delirio
a pesar de la veta
o tal vez porque existe
usted puede contar
conmigo
si otras veces
me encuentra
huraño sin motivo
no piense qué flojera
igual puede contar
conmigo
pero hagamos un trato
yo quisiera contar
con usted
------------- es tan lindo
saber que usted existe
uno se siente vivo
y cuando digo esto
quiero decir contar
aunque sea hasta dos
aunque sea hasta cinco
no ya para que acuda
presurosa en mi auxilio
sino para saber
a ciencia cierta
que usted sabe que puede
contar conmigo
(HAGAMOS UN TRATO....YA SABES QUE PUEDES CONTAR CONMIGO...NO LO OLVIDES NUNCA...)
:…¿Mujer ángel o diablo?
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
É PRECISO TER CARÁCTER
AS FÉRIAS
Um casal que morava no Cacém decidiu passar férias na Ilha da Madeira, no mesmo hotel onde passaram a lua-de-mel há 20 anos atrás.Devido a vários problemas de trabalho, a esposa não pode viajar com seu marido, resolvendo ir uns dias depois.
Quando o marido chegou e foi para o seu quarto do hotel, viu que tinha à sua disposição um computador com acesso a internet e, então, decidiu enviar um e-mail para a mulher, mas errou uma letra sem dar conta e enviou-o para outro endereço.O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do seu marido. Ao verificar os seus e-mails desmaiou instantaneamente.O filho ao entrar em casa, encontrou a mãe desmaiada, perto do computador, e no ecrã podia ler-se :- Querida esposa: Cheguei bem! Provavelmente vais-te surpreender ao receber notícias minhas por e-mail, mas agora há um computador aqui no quarto e pode-se enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado para a tua chegada na próxima sexta-feira. Tenho muita vontade de te ver e espero que a tua viagem seja tão tranquila como foi a minha.Não te esqueças da tua lingerie sexy.
PS: Não tragas muita roupa, porque aqui está um calor infernal!!!!
Tem uma aurora madrigal
Incidente matinal,
De vista clara, de chagada mansa.
Que começa dia e se vai ao sol.
Uma conseqüência das ordens divinas,
Uma estrela cândida que enche os caminhos.
Que nos posta nos levantes da noite,
Que se inicia já por se chamar.
Tinha outra Aurora,
Que em minha vida foi um luar.
Uma menina de olhar de estrela
De caminhado manso, tal sombra de beiral,
De pernas lisas como chão molhado,
Com cabelos claros como a cor de seu nome.
Sou eu quem a acordava, na virada da esquina,
Quando ela passava displicente, fina,
A sombra de sua cintura, apontava antes.
E eu gritava Aurora, toma a minha mão.
Aurora, meu jardim florido,
O teu cabelo solto assim,
É como o romper de um dia,
E o teu nome mesmo mostra
Outra vida para mim.
Tem um jeito lindo, Aurora,
Teus olhos fechados, assim,
É como dormir tranqüilo,
E sonhar de todo anjo,
Outra vida para mim.
Se Sou Alegre Ou Sou Triste?
Se Sou Alegre Ou Sou Triste?
Se sou alegre ou sou triste?…
Francamente, não o sei.
A tristeza em que consiste?
Da alegria o que farei?
Não sou alegre nem triste.
Verdade, não sou o que sou.
Sou qualquer alma que existe
E sente o que Deus fadou.
Afinal, alegre ou triste?
Pensar nunca tem bom fim…
Minha tristeza consiste
Em não saber bem de mim…
Mas a alegria é assim…
Fernando Pessoa
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Empurro o tempo com a barriga,
E será mesmo assim,
Que se conduz o andor,
Tão delicadinho.
Não os paus as mãos das fortalezas,
Mas a imagem frágil da Santinha.
E aonde é que vai dar
A procissão comigo à frente,
Se daqui pra trás é que minha alma tende.
Eu levo a vida tão de brincadeira,
Tomo uma cadeira, faço o meu lugar.
E deixo o sol fazer sua parte,
Me dizer.
E deixo dia frouxo pra correr,
De mim que bulo em nada,
Nem sou incriminado por um exagero.
Santo leve que aos paus se engancha,
Se a correnteza for, como não espero,
Medonha.
Ligo os meus pensares numa linha tênue
Que faz que me liga
Mas à ponta pende,
Meu corpo monstruoso, indelicada espera,
Não me preparei pra morrer na véspera.
E sigo e toco e vou furando o povo,
Procurando à frente, o que deixei atrás.
A na discórdia dos corpos do espaço,
Perco o meu pro vento,
Me perco do tempo,
Que já empurra com sua frente larga,
Do meu pé não deixa,
Minha vida não larga.
A CIDADE DA FANTASIA
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Carnaval do Luso
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
AMIGOS COLORIDOS
MASSAGEM DIVINAL
Desafiado por uma gata fogosa e dado o estado incandescendente e imutável do meu intelecto, venho aqui prestar a minha honesta colaboração com a finalidade de se aprender a praticar uma massagem de prazer total. Não nos esqueçamos, primeiro, que o expoente máximo do cérebro feminino é imbatível no respeitante a empatia e na compreensão dos pensamentos e sentimentos dos outros. Lembre-se que o nosso ego é o nosso desejo de sermos diferentes e de nos destacarmos das pessoas que nos rodeiam. Num mundo de diferenças, toda a gente deseja ser diferente, pelo menos até certo ponto. É preciso examinar melhor o que por vezes bloqueia a nossa integridade, unicidade e amor.
E pronto! Prepare-se para a grande FESTA DA VIDA.
Agore tome muita atenção: É necessário libertar a sua mente de uma linha de pensamento angustiante de modo permanente. Lembre-se que tem de estar concentrada ao máximo naquilo que está a fazer e, então, estabeleça um objectivo de interligação e de unidade mental. Esse objectivo torna-se mais importante do que a vontade do nosso ego de estar separado, porque qualquer pensamento que nos angustie é um produto da nossa mente poluída, conflituosa e que fazem parte do nosso ego.
Domine o seu ego, para usufruir do prazer total seja segura, equilibrada e madura, com capacidade de auto-afirmação pessoal. Nesta massagem você tem de ter um comportamento assertivo, porque isso irá demonstrar que sabe exactamente o que quer o que vai provocar no seu parceiro um clima de confiança e sensualidade.
FICASTE A PERCEBER NANNY?
domingo, fevereiro 18, 2007
Todas ibamos a ser reinas....(G.Mistral)
Sobre la obra de Gabriela Mistral pretende dar cuenta del rico y complejo universo de esta poeta chilena. Entre sus cinco libros —Desolación, Ternura, Tala, Lagar y Poema de Chile— poemas que muestran las principales líneas temáticas de su obra: el ejercicio docente, el amor hacia los niños, la maternidad frustrada, el dolor ante la muerte de sus seres más queridos, y por supuesto los paisajes chilenos y su valle de Elqui, que la vio nacer y al que quiso volver al morir. Una invitación en el intenso universo poético mistraliano
Todas ibamos a ser reinas...
(Gabriela Mistral)
Todas íbamos a ser reinas,
de cuatro reinos sobre el mar:
Rosalía con Efigenia
y Lucila con Soledad.
En el Valle de Elqui, ceñido
de cien montañas o de más,
que como ofrendas o tributos
arden en rojo y azafrán.
Lo decíamos embriagadas,
y lo tuvimos por verdad,
que seríamos todas reinas
y llegaríamos al mar.
Con las trenzas de los siete años,
y batas claras de percal,
persiguiendo tordos huidos
en la sombra del higueral.
De los cuatro reinos, decíamos,
indudables como el Korán,
que por grandes y por cabales
alcanzarían hasta el mar.
Cuatro esposos desposarían,
por el tiempo de desposar,
y eran reyes y cantadores
como David, rey de Judá.
Y de ser grandes nuestros reinos,
ellos tendrían, sin faltar,
mares verdes, mares de algas,
y el ave loca del faisán.
Y de tener todos los frutos,
árbol de leche, árbol del pan,
el guayacán no cortaríamos
ni morderíamos metal.
Todas íbamos a ser reinas,
y de verídico reinar;
pero ninguna ha sido reina
ni en Arauco ni en Copán.
Rosalía besó marino
ya desposado con el mar,
y al besador, en las Guaitecas,
se lo comió la tempestad.
Soledad crió siete hermanos
y su sangre dejó en su pan,
y sus ojos quedaron negros
de no haber visto nunca el mar.
En las viñas de Montegrande,
con su puro seno candeal,
mece los hijos de otras reinas
y los suyos no mecerá.
Efigenia cruzó extranjero
en las rutas, y sin hablar,
le siguió, sin saberle nombre,
porque el hombre parece el mar.
Y Lucila, que hablaba a río,
a montaña y cañaveral
en las lunas de la locura
recibió reino de verdad.
En las nubes contó diez hijos
y en los salares su reinar,
en los ríos ha visto esposos
y su manto en la tempestad.
Pero en el Valle de Elqui, donde
son cien montañas o son más,
cantan las otras que vinieron
y las que vienen cantaran:
—«En la tierra seremos reinas,
y de verídico reinar,
y siendo grandes nuestros reinos,
llegaremos todas al mar».
(Del libro Tala)
Bunda, alcochoado natural para cadeira de pau,
Um bueiro clandestino,
Onde se encosta a esgrima,
Que nas paredes entorta,
Que nos bancos se adpta reto,
Ficando o arredondada
Ninguém sabe como acomodada.
A apoteose dos trios elétricos baianos:
Duas bandas e um cu-junto.
A parte mais resistente a porradas,
Capaz de ficar anus e anus,
A todo dia levar porrada de saco
E não se marca.
Bunda, o que abunda em alguns
E faz falta à outros,
A que muda de lado
E já está ameaçada os circunvizinhos,
Com o gáz azimo, lá do seu profundo.
O ponto mirado pelos náufragos desesperados,
A prisioneira que dorme encostada,
A liberta trêmula que permeia a sombra
E toma o maior espaço.
A liberta, quando desce o jeans,
E se despeja, se afrouxa e vê,
Pelo olho mágico, o pingo da calcinha,
E vê em volta o mundo,
O mundo redondo, como ela é.
Bunda, se não fosses tú
Á frente se ia sem graça.
Onde de punha a mão aceleradora,
Se tu, motor dos impulsos de ir e vir,
Uma serra louca que o pau declina.
É uma cidade pequena
Perdida em seus limites
De que não se sabe nada.
Seus segredos e pecados
São contados ao pé do ouvido
E ela ainda se divide
Em parte baixa e de cima.
Lá os erros perdoáveis
São como comida de gosto ruim
E quem se perde engole
E não pode cuspir depois.
As faltas que aos Santos cabe perdão
Saem em jatos pela boca
E a cidade toda, assim separa
Os puros dos apedrejáveis,
Os testemunhos dos comparsas.
Os condenados, que a se condenam
Convivem com o dilema:
Cumprir a pena, rezar, jejuar,
E quando mais anda a estória
Mais, denunciam-se, escória
Na cidade não tem perdão,
Não existe alguém que a outro perdoe
E na pequena cidade é assim,
Ninguém ostenta luxos,
Ninguém lança aos urubús
Restos do que comeram.
A falta que cada um conta
Grave, que não se ausenta,
Leve, que não dá tormento.