domingo, fevereiro 18, 2007

ABUNDA

Bunda, alcochoado natural para cadeira de pau,
Um bueiro clandestino,
Onde se encosta a esgrima,
Que nas paredes entorta,
Que nos bancos se adpta reto,
Ficando o arredondada
Ninguém sabe como acomodada.
A apoteose dos trios elétricos baianos:
Duas bandas e um cu-junto.
A parte mais resistente a porradas,
Capaz de ficar anus e anus,
A todo dia levar porrada de saco
E não se marca.
Bunda, o que abunda em alguns
E faz falta à outros,
A que muda de lado
E já está ameaçada os circunvizinhos,
Com o gáz azimo, lá do seu profundo.
O ponto mirado pelos náufragos desesperados,
A prisioneira que dorme encostada,
A liberta trêmula que permeia a sombra
E toma o maior espaço.
A liberta, quando desce o jeans,
E se despeja, se afrouxa e vê,
Pelo olho mágico, o pingo da calcinha,
E vê em volta o mundo,
O mundo redondo, como ela é.
Bunda, se não fosses tú
Á frente se ia sem graça.
Onde de punha a mão aceleradora,
Se tu, motor dos impulsos de ir e vir,
Uma serra louca que o pau declina.

2 comentários:

Sandokan disse...

Esta foto já aqui foi publicada e esta bunda não pode ser bunda baiana. A bunda baiana é mais redondinha e esta é mais oblíqua.
lololololol

O poema, como sempre, é genial. Seu NAENO percebe da arte.

João Filipe Ferreira disse...

lindissimo post!! adoreiii
um poesia fantastica!1 adorei