sábado, fevereiro 24, 2007

INGRATIDÃO

Beira de cais naquela tarde
Teu rastro infindo na estrada
Eu estava tão sozinho
Mesmo antes de acontecer
O tão triste, até um dia!
Coisa que eu nunca gostei.

Lembra que tudo era saudade,
Lembra que tudo era poeira,
Eu estava com o teu cheiro
E abraçado ao desespero
E tentava tantas vezes,
Me esconder pra me ausentar.

Quando o inverno chegava,
E o verão terminava,
Não te deixei sozinha.
E quando a vida arruinava,
Eu chorava dobrado,
Por você e por mim.

Quando a bandinha passava,
Você segurava,
Com fé, minha mão.
Ah, eu duvido que alguém
Tenha feito até hoje,
Tal ingratidão.

3 comentários:

Verena Sánchez Doering disse...

ingratitud que alguna vez se vive
versos llenos de sentimientos
besitos

Olga disse...

É um poema muito belo cheio de sentimentos e de actos altruístas que não são agradecidos! Ninguém merece ingratidão.Bj

Nokitas disse...

bello como siempre Naeno