O SOSSEGO

O nosso companheiro Francisco, "Chiquinho" para os amigos mais próximos, é aquilo a que nós chamamos uma pessoa «sem fingimentos» .Gordinho, generoso, bom bebedor, espontâneo, excelente "garfo", transparente, óptimo conversador, extrovertido... e ingénuo.

Apesar de tudo o que já passou nesta vida de cão, não tem emenda. Nunca desconfia de ninguém, pelo que, sem dar por isso, deixa-se facilmente enganar.

O rapaz está agora em plena crise depressiva e anda, acima de tudo, a precisar de sossego.

Pois que, se o "Chiquinho" até anda um bocadinho amnéstico e amiudadamente se veste com as roupas da sua amada, quem somos nós para contrariar o seu travestismo?! Em vez de o criticarmos é necessário que os nossos esforços para o auxiliar nesta fase depressiva se centrem em fazê-lo sentir-se cómodo, gratamente surpreendido e, na medida do possível, aliviado.

Façamos todos um pacto de tranquilidade com o "Chiquinho", deixem-no sossegado, que ninguém o chateie com perguntas. Ele agora vai dar umas voltas, respirar pelo diafragma, caminhar, ouvir música, em suma, vai tentar desfrutar.

O problema do "Chiquinho" é o seu amigo que, permanentemente, o martiriza.Por isso é vital conseguir um clima de confiança com os seus amigos e com os protagonistas que o rodeiam. Não é com uma varinha mágica que poderemos ungir o afectado, porque, se pensarmos assim, seremos ingénuos e inquietantes. Não há milagres!

Temos que o respeitar, escutá-lo, tê-lo em linha de conta, atender aos seus temores e inquietações, dar resposta às suas dúvidas e vacilações para que ele sinta a sua segurança interna.

JERICO : Podes dar uma ajuda ao "Chiquinho"?