sexta-feira, fevereiro 16, 2007

TARDE

A tarde estava cinza e feia,
Oscilante em seu humor de tempo.
Entre o crispar das folhas sentenciadas,
Às sombras ligeiras e ardentes,
Iroconicamente posta sob a copa das árvores,
Da mesma forma como se concebera fossem,
Frias e acolhedoras.
Mas aquela tarde era desigual,
Uma tarde que veio enfear as outras.
Ninguém mais lembrava
Que existem tardes belas,
Por causa daquela,
Imponderada, indesejável, chata.
E todos ficaram saudosos das manhãs,
Mas ela insistia em se demorar naquela tarde,
A tarde repulsiva e cinza, cinza de resto de fogo,
Um fogo que ainda fumegava,
E prometia ir ao tempo em que durasse o seu tempo,

E mais além,
Confundir a noite e meter-se adentro.

4 comentários:

Sandokan disse...

As poesias do NAENO são o máximo. Mais uma vez nos brinda com qualidade extrema.
, Arte é como se chama esta grande capacidade poética.

Peste disse...

Sandokan -Em resposta à tua resposta e para provar q sou 100% fiável cá está a tua análise.

Escolheste banana... pois é meu querido.... tu és o Tipo de pessoa ... txammm txam txammmmmmmm ....que gosta de comer bananas.

:P eu disse q era fiável... só não disse q era tão inutil como os norte americanos

quanto às palavras escadraçar- acertáste

Calhabéi - "o q é isso"

Escaçamular - "Não pára quieto"

quanto à tua questão... não faço a mínimaaaaaa!!!

Peste disse...

lol

sandokan- então és um bananeiro, tens banana para dar e vender :P

tá boa

Débora Azevedo disse...

Pois mas acho que nao ... as vezes podemos ver as mesma luzes mas não as mesmas estrelas :P
bjs