segunda-feira, abril 02, 2007


O DIA

O dia de hoje está como o de ontem
As mesmas luzes incidentais,
Os mesmos minutos perigosos
A mesma indumentária suada,
Os mesmos contadores postos.
A solidão que senti no dia de ontem
Hoje se firma na condição de sol
Do que tem em mim guardado
Prenunciando o mesmo tempo,
De claridade e jeito destoado.
Hoje se comprometem as rosas
Fulgurarem sobre o capinzal
Os gira-sóis acompanham o sol
Ora alegres, ora prevendo, ora tristes
Será, serão, e terão sido os dias
Com esta mesma presença obrigatória
Com a mesma cara que não se viu pela manhã
E não pressente a fúria impressa nela.
Guardem-se os dias, vamos às noites,
Ver algo novo no fulgor da lua,
E que sua claridade mostre
O que o sol presumiu não saber.
Venha a escuridão soturna.
De dias incompletos, quero viver.
Sem as astúcias como anda a luz
Ora nos mostra, ora se some
E o tempo todo ela é que nos ver.

2 comentários:

Verena Sánchez Doering disse...

la oración siempre logra la paz del alma
un abrazo Naeno

Naeno disse...

Freyja do meu coração. Se soubesses o tanto que te gosto, de admiro tu, no mínimo rezarias um padre nosso por mim hoje.

Um beijo
Naeno