sábado, maio 26, 2007

MATULÃO

Vivo das lembranças
De levantar do chão meus pés andarilhos
Nessas investidas, quase muito eu vi...
A florada no seu tempo certo,
E vi errado o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Morro dessas lembranças
Apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
Da saparia escondida nas locas
Arengas na estrada de cobra e lagarta.
Araras no topo jogando migalhas,
Que até eu, com a fome no estômago, alimentada,
Pegava e comia, essas lembranças do chão।
Adoeço só de ver essas estradas raspadas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise
Quanto mais me disto desses lugares.

4 comentários:

Verena Sánchez Doering disse...

besitos Naeno y un lindo fin de semana

Menina do Rio disse...

As lembranças são fragmentos de nossa caminhada nesta estrada. Algumas são como a poeira que aos poucos se dissipa no ar enquanto outras são como as pedras; umas pesam mais, outras menos...

beijos

Nokitas disse...

besitos Naeno y una linda semana
kiss

M@ri@ disse...

Ola
Lembranças nos deixam muitas marcas, que só o tempo faz nos esqueçer um pouco...
Mas vem momentos na vida que lembramos novamente.
Desejo te uma linda tarde.
:))))))
beijo doce