terça-feira, maio 29, 2007

SILÊNCIO BREVE

Nunca mais eu vou dizer que te amo
Porque sei que o tempo urde
Contra mim, no que te conta
Como dele.
E eu sou um operário calado
Uma abelha que não zumbe
Mergulhado todo na flor,
Dar-te-ei o néctar que encontrar,
Isso eu te dou,
Porém minha palavra não ouvirás.
Não que a mantenha num calabouço
Desnecessário é repetir o que é.
Tantas vezes disse,
E tanto sei,
Que me investi assim, calar,
Não mais dizer que te amo.

3 comentários:

Vera Carvalho disse...

Nem sempre as palavras são necessárias, nem sempre as palavras bastam...no amor são apenas um rejúbilo.
Gostei do poema.
Um abraço para ti.

Luso: Prós e Contras disse...

Este poema fica nos anais deste blogue.

belakbrilha disse...

Ás vezes é preciso falar!
Deixar que o silêncio mate o amor nunca!
Fala alguém que o fez e se arrependeu, mas já era tarde!

bj