quinta-feira, junho 28, 2007

ECOS

Muito de mim foi ficando
Nos sonhos de cada idade
E outros tantos deixando
Pelos cantos da cidade
Muito morri por amor
Até sofri de verdade
E o que de mim foi sobrando
Dei de gastar em saudade.

Tudo o que em mim habita
Fui transformando em poesia
Uma pessoa bonita
A eternidade de um dia
Ou uma cidade antiga
Um roçado se chovia
Às vezes palavra amiga
Ou um gesto de alegria.

De uma manhã de agonia
Ou então da tarde calma
Ou de uma noite vadia
Fui construindo minh’alma
Do que me sobrou da vida
Eu fui compondo a canção
Que simples e comovida
Embala meu coração.

Sendo assim sou e serei
O que de mim me sobrou
Não sou capacho nem rei
Nem palhaço sonhador
Sou o que a vida oferece
E o que invento componho
O meu destino se tece
Na tessitura de um sonho.

8 comentários:

Naeno disse...

Feito com a exclusividade LUSO.
Beijo em todos
Naeno

João JR disse...

LINDO NAENO!!!!
Bjs a ti e ao Luso:))

Laura disse...

Naeno, continuas cantando e encantando..Lindo mesmo,.
Quer versejar enquanto nos acompanha numas férias pelo mundo? aproveite o barco está quase zarpando...
Beijinhos..

HNunes disse...

..."Sou o que a vida oferece
E o que invento componho"...

Assim te aceito, com os teus defeitos, as tuas qualidades, a tua vontade de sonhar, de errar, de te ergueres após cada queda, de navegares no teu mar imergindo após cada naufrágio, etc.

Porque Tu és Tu, na tua simplicidade.
Assim te vejo na beleza do que escreves.

Lindo o teu poema
Bjos

Laura disse...

Ó naeno fazes o favor de chamar alto pelo sandokan e pelo zeca paleca? para irem ter ao ancoradouro que o barco zarpa amanhã e quero vê-los aqui prontos para me fazerem as declaraçõres de amor cara a cara, laurinha prá qui laurinha prá li, chama alto por eles dois podes?

Olga disse...

Belo poema!

Olga disse...

Belo poema!

Naeno disse...

Obrigado aos amigos do Luso pelos comentários feitos ao meu poema e dizer que na vantagem inquestionável do humor, da brincadeira, apostem nesta égua calma - a poesia - ela poderá ser a surpresa do páreo.

Um beijo
Naeno