quarta-feira, agosto 01, 2007

COBRA

Comprovadamente o bicho Cobra tem veneno
Mas nem todo bicho é letal
E todo veneno é.
Nem toda cobra tem veneno,
Mas todas são tão iguais.
A cobra se esguia e solta de esguicho a língua,
Malícia de quem contou assim, dos répteis,
Porque todos fazem do mesmo jeito.
Mas a cobra voa, não por suas asas
Mas pelo jato escumoso de sua boca mordaz.
Será que a cobra não anda ereta,
Não dispõe de pernas pra se movimentar
Por que tem o suficiente em si que se pode pisar
Passar os rios profundos,
Cobrear por todo o mundo.
Sem destino, sem assunto,
Falando das cobras, dos seus calcanhares.
É de comparar-se a cobra ao homem
Que ela vive no abandono sem querer se mostrar.
Porque o seu insolente veneno,
Ela julga mais ameno que o do homem, a maldade.
Que não, pelo tempo que ela vive
Nunca tirou mais vida do que nós, propensos a nada.
A cobra tem um papel.
Arrastar-se pelo mundo ao léu,
E o do homem qualquer coisa se diz,
Que é um eterno aprendiz
Não dá pra se classificar.
São dois bichos desta fauna curta,
O homem que mata e cobra,
A cobra que se matula em rolos pra não morrer.

1 comentário:

luafeiticeira disse...

Todo o veneno mata? Não é bem assim que conheço quem já tenha dado veneno á sogra e ela té ficou melhor de saúde lol
jocas