terça-feira, maio 22, 2007

Construir uma noite é fácil demais
Basta juntar todos os pesadelos
E deixar-se embriagar pelos luares
Desembaraçar estrelas aos novelos
Tecendo distantes constelações
Nos nadas azuis do firmamento imóvel
Até que as distâncias unifiquem os tons
Parindo do escuro a negritude móvel.

Mais complicado é inventar o dia
Tem-se que ser operário da luz
Colher claridade do claro que se irradia
E bordar da luz do sol pontos de cruz.

5 comentários:

Naeno disse...

A minha obras prima-irmã do tempo. Eu particularmente adoro este poema.

Um beijo aos aue lerem
Naeno

Silêncio © disse...

Simplesmente lindo o poema.
Mas acho que somos todos operários tanto da noite como do dia...
Um Beijo em Silêncio

Verena Sánchez Doering disse...

hermoso poema
besitos

Laura disse...

Fogo rapaiz, é do melhor que tenho visto. Escreves a sentir o que pra lá vai nessa cabecinha amorosa. Parabéns a ti e ao blog do Luso por tão belo colaborador.. Jinhos de mim...

Vera Carvalho disse...

Genial,
em tons escuros mas com o brilho das estrelas!
Não acredito que para um poeta assim seja complicado inventar o dia:).
Um abraço.