terça-feira, novembro 27, 2007

ESTEVE ESCRITO

Te espero desde o início do começo
Desde o tempo dos lampiões de gás
Desde o primeiro samba, a estação derradeira;
Fostes sempre o meu amor tristonho e sensato
Por ti me embati com a vida
Matei mitos intransponíveis
E fiz de pedras quentes flores orvalhadas.

A terra tocou o céu
Com a grande cauda de fogo
Mares se juntaram pra te refletirem inteira
No começo do nosso fictício amor.
Dura e sublime criatura
És o modelo renascido
Das tantas mulheres invisíveis
E ao mesmo tempo, mansa e de carícias
Nosso amor corre para uma luta
Ao toque de valsas muito antigas
A abertura do sol será a nossa estrada
Desvanecidos de paixão
Até encontrarmos uma solidão pra nós dois.

2 comentários:

Jorge Carvalho disse...

Belo poema!

Å®t Øf £övë disse...

Naeno,
Vale sempre a pena esperar pela chegada da metade que nos vem completar a "laranja".
Abraço.