
AONDE MOROU O BUÇACO
Há uma rua onde mora
O que de melhor houve de nós
O que foi mais inocente
Em nossa real infância
Talvez nem mais haja agora
Aquela rua sem nós
E lá nem mora mais gente
Nem mais exala fragrância.
Que dos jardins demolidos
Dos quarteirões apartados
De casas já destruídas
De tudo que não há mais
Vem o que foi esquecido
Igual aceno apagado
Como amantes não tidas
Numa saudade voraz.
E eu nada sou sem lembrar
Da rua e dos moradores
Sombras de muros ao luar
Olhos, gestos, beijos, flores.
Há uma rua onde mora
O que de melhor houve de nós
O que foi mais inocente
Em nossa real infância
Talvez nem mais haja agora
Aquela rua sem nós
E lá nem mora mais gente
Nem mais exala fragrância.
Que dos jardins demolidos
Dos quarteirões apartados
De casas já destruídas
De tudo que não há mais
Vem o que foi esquecido
Igual aceno apagado
Como amantes não tidas
Numa saudade voraz.
E eu nada sou sem lembrar
Da rua e dos moradores
Sombras de muros ao luar
Olhos, gestos, beijos, flores.
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naeno, para Sandocan, Poeta Cavador, Freyja, Peste, Nokitas,